A Ciência Contemporânea surge no início do século
XX e se estende até os dias atuais.
Os postulados do espírito positivo – a
investigação da constância, da estabilidade, da ordem
e das relações causais explicativas dos fenômenos
– dominavam as pesquisas em todos os domínios das ciências
da natureza. A procura da estrutura permanente e das leis invariáveis
dos eventos naturais, assim como as conclusões previsíveis
dos fatos observados, imprimiram uma orientação que aparece
como marco da ciência moderna.
O determinismo mecanicista e o mecanicismo da física de Newton,
que inspiraram o espírito positivo, fizeram supor que, conhecendo-se
os impulsos e as posições dos corpos e das partículas,
poder-se-ia, pelo cálculo, estabelecer predições
infalíveis ou extrair as leis mecânicas da evolução
anterior e futura.
Entretanto, o desenvolvimento da física atômica e as teorias
da relatividade, da termodinâmica e da cosmologia revelaram a complexidade
imprevisível dos fenômenos, a mutabilidade, a fluência
e a instabilidade dos eventos naturais.
A matemática moderna, especialmente a geometria não-euclidiana
e a teoria dos conjuntos, demonstrou que certezas deduzidas de postulados
evidentes e inquestionáveis decorriam da estrutura axiomática
dos sistemas matemáticos.
O desenvolvimento tanto da física quanto da matemática
colocou em crise o conjunto de certezas seguras do cientificismo, questionou
a infalibilidade das ciências, demonstrou a inviabilidade de previsões
absolutas e recuperou a validade da interpretação dos fenômenos.
Em
1905, Einstein (foto) inicia a ciência contemporânea, com
suas teorias da relatividade, quebrando o mito da objetividade pura, isenta
de influência das idéias pessoais dos pesquisadores e demonstrando
que, mais do que uma simples descrição da realidade, a ciência
é a proposta de uma interpretação.
Na visão contemporânea, por maior que seja
o número de provas acumuladas em favor de uma teoria, ela jamais
poderá ser aceita como definitivamente confirmada. Os esquemas
explicativos mais sólidos podem ser substituídos por outros
melhores. O progresso científico deixa de ser acumulativo para
ser revolucionário.
Assim, o critério até então adotado para distinguir
a ciência da não-ciência, o da confirmação
pelo uso do método experimental indutivo, é superado.
Kauanyavakins
A Ciência Contemporânea surge no início do século XX e se estende até os dias atuais.
Os postulados do espírito positivo – a investigação da constância, da estabilidade, da ordem e das relações causais explicativas dos fenômenos – dominavam as pesquisas em todos os domínios das ciências da natureza. A procura da estrutura permanente e das leis invariáveis dos eventos naturais, assim como as conclusões previsíveis dos fatos observados, imprimiram uma orientação que aparece como marco da ciência moderna.
O determinismo mecanicista e o mecanicismo da física de Newton, que inspiraram o espírito positivo, fizeram supor que, conhecendo-se os impulsos e as posições dos corpos e das partículas, poder-se-ia, pelo cálculo, estabelecer predições infalíveis ou extrair as leis mecânicas da evolução anterior e futura.
Entretanto, o desenvolvimento da física atômica e as teorias da relatividade, da termodinâmica e da cosmologia revelaram a complexidade imprevisível dos fenômenos, a mutabilidade, a fluência e a instabilidade dos eventos naturais.
A matemática moderna, especialmente a geometria não-euclidiana e a teoria dos conjuntos, demonstrou que certezas deduzidas de postulados evidentes e inquestionáveis decorriam da estrutura axiomática dos sistemas matemáticos.
O desenvolvimento tanto da física quanto da matemática colocou em crise o conjunto de certezas seguras do cientificismo, questionou a infalibilidade das ciências, demonstrou a inviabilidade de previsões absolutas e recuperou a validade da interpretação dos fenômenos.
Em 1905, Einstein (foto) inicia a ciência contemporânea, com suas teorias da relatividade, quebrando o mito da objetividade pura, isenta de influência das idéias pessoais dos pesquisadores e demonstrando que, mais do que uma simples descrição da realidade, a ciência é a proposta de uma interpretação.
Na visão contemporânea, por maior que seja o número de provas acumuladas em favor de uma teoria, ela jamais poderá ser aceita como definitivamente confirmada. Os esquemas explicativos mais sólidos podem ser substituídos por outros melhores. O progresso científico deixa de ser acumulativo para ser revolucionário.
Assim, o critério até então adotado para distinguir a ciência da não-ciência, o da confirmação pelo uso do método experimental indutivo, é superado.