Na década de 1970. o Brasil não era apenas um pais pobre. A maior parte dos seus municipios era habitada

por elevada concentração de pobres, e a carencia de serviços essenciais era generalizada. Nos Últimos quarenta anos, ocorreu sensível melhora nas condições de vida das cidades brasileiras. A renda per capita aumentou, a concentração de pobres diminuiu e a cobertura de serviços de infraestrutura física, bem como a oferta de médicos e os níveis de escolaridade melhoraram sensivelmente. Entretanto, a desigualdade de riqueza entre os municípios brasileiros permaneceu rigorosamente estável, a desigualdade territorial da concentração da pobreza aumentou e diminuiram as desigualdades no acesso a serviços básicos de energia elétrica, água e esgoto. coleta de lixo e níveis de escolaridade. A trajetória da melhora teve, contudo, marcada expressão regional. Nos últimos quarenta anos, ela se iniciou nos municipios mais ricos, nos quais a universalização dos serviços antecede – em muito - a expansão da cobertura aos demais. A melhora das coberturas nas Regiões Sul e Sudeste constitui o primeiro ciclo de expansão para todas as políticas, ainda que com ritmos diferentes para cada politica setorial. A melhora da cobertura para as Regiões Sul e Centro-Oeste constitui o segundo ciclo de expansão para todas as politicas. Por fim, as Regiões Norte e Nordeste são a última área de expansão da oferta de serviços ARRETCHE, M. Trazendo o conceito de aldadania de volta a proposito das desigualdades teritoriais. In: ARRETCHE, M. (Org.). Trajetorias das desigualdades como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. Sao Paulo Ed. Unesp CEM, 2015 (adaptado)

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