s Jiahui são um exemplo de resistência. Por muito pouco es

sa etnia não foi extinta depois do contato com o “homem branco”. A construção da BR-230, a Rodovia Transamazônica, pelo regime militar brasileiro (1964-1985), que tinha como promessa levar “desenvolvimento” para o Norte do país, causou muita destruição tanto para o meio ambiente quanto para os povos originários. Com 4.260 quilômetros de extensão, a BR-230 é a terceira maior rodovia do país, passando por sete estados, da Paraíba ao Amazonas. Durante a construção dessa obra, restaram apenas seis Jiahui na região de Humaitá. “Muitos de nossos parentes mais velhos morreram por conta de doenças, outros fugiram para a mata”, recorda Elton Diarroi, coordenador-geral da Associação do Povo Indígena Jiahui (APIJ). Após se reagruparem e reconstruírem laços, os Jiahui buscaram refúgio nas aldeias de seus vizinhos da etnia Tenharim. Até que, no final da década de 1990, a Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciou o processo de reconhecimento do território Jiahui. Em outubro de 2004, foi assinado o decreto presidencial que homologou a Terra Indígena Jiahui, com 47 mil hectares. [...] A estratégia de resistência territorial descrita nesse texto permitiu ao povo Jiahui apoiar as ações de grileiros e garimpeiros. desenvolver atividades ligadas ao agronegócio. explorar recursos vegetais para a indústria moveleira. pertencer novamente a comunidade indígena. proteger seu modo de vida e sua cultura.

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