A cisticercose bovina é uma zoonose

1 Resposta

  • Isabelly

    tá aí:❤

    Explicação:

    A cisticercose bovina corresponde a uma parasitose (Cysticercus bovis) que pode estar presente na carne dos animais. Mas, a origem da doença é humana e por isso não podemos descrevê-la sem destacar o importante papel humano na sua disseminação. No homem a forma parasitária é definida como teníase ou solitária (Taenia saginata) presente no intestino infectado, transforma o homem em hospedeiro definitivo. No ciclo biológico clássico, a cisticercose corresponde a fase imatura (Cysticercus bovis) com cistos larvados presentes na carne dos hospedeiros intermediários (bovinos) e a fase adulta, a teníase ou solitária corresponde a fase do parasita presente no intestino humano, onde é capaz de se reproduzir com mais de 700 mil ovos semanalmente. Uma variante perigosa e pouco frequente do ciclo biológico é representada pela fase intermediária ou larval (cistos de cisticercose) na musculatura ou cérebro humano. A cisticercose deve por tanto ser definida como uma zoonose conhecida como “Teníase humana e Cisticercose bovina”.

    O Brasil é considerado um país endêmico para o complexo teníase humana/cisticercose bovina e para essa classificação são considerados as condições higiênicas e sanitárias da população rural principalmente, saneamento básico nas áreas de concentração humana e tratamento dos dejetos (cidades, vilas, assentamentos, reservas indígenas e até mesmo presídios) e, por outro lado, o acesso do rebanho as pastagens ou águas contaminadas com dejetos humanos de alto risco contendo ovos de solitária (Taenia saginata). Neste contexto destacamos que o ciclo biológico desta enfermidade se completa em duas fases (Fase humana e Fase animal). A partir da fase humana (teníase) ocorre a contaminação ambiental através das fezes, os ovos no ambiente podem ser viáveis por 12 meses nas pastagens e 20 dias em agua de esgoto.

    Após cerca de 45 a 55 dias após a ingestão de ovos, o bovino desenvolverá a cisticercose na carne, que ao ser ingerida por seres humanos, desenvolverá uma solitária, fechando o ciclo. A solitária pode ser encontrada no intestino humano mesmo depois de 10 anos após a ingestão. Estima-se que mundialmente haja mais de 70 milhões de pessoas com teníase/solitária o que possibilita a contaminação ambiental e infecção dos animais mantendo o ciclo biológico sempre atual.

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