Homem de 41 anos, motorista de aplicativo, deu entrada no AMA (Ambulatório Médico Ambulatorial) em fevereiro

com história de náuseas, vômitos e dor abdominal há dois dias, com piora progressiva. Naquela época ele relatou que a dor era inespecífica, mais em região inferior do abdome e flanco direito. Negou alterações urinárias, intestinais ou febre. Estava em uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) devido as crises de lombalgia que estava sentindo por ficar muito tempo dirigindo. Relatou (ainda em fevereiro) que apresentou episódios isolados de dor em flanco direito, e de epigastralgia com piora ao alimentar-se. Naquela mesma época o paciente foi medicado com Buscopan® e Pantoprazol intravenosos e foi orientado a marcar uma consulta com um especialista (gastroenterologista). Hoje, o paciente retorna ao AMA novamente com episódios de fortes dores na região abdominal, a sua esposa (que está o acompanhando), disse que ele chegou a desmaiar em casa. Na avaliação da triagem o enfermeiro identifica: paciente apresentando fácies de dor, descorado, turgor cutâneo normal, hidratado, frequência cardíaca de 115 bpm, frequência respiratória de 22 mpm; pressão arterial de 110 /70 mmHg; abdome flácido, doloroso a palpação em quadrante inferior, mais localizado em fossa ilíaca direita, região superior do abdome não apresentava dor, sem sinais de irritação peritoneal (Giordano negativo) e sem massa palpável. Foram solicitados exames laboratoriais na urgência, sendo que a função renal estava normal (valores da ureia e creatinina normais), função hepática estava normal (amilase, lipase, AST, ALT normais); o hemograma revelou uma anemia microcítica e leucocitose); a Proteína C reativa estava em 10mg/L (valor de referência 5mg/L). Foi solicitado exame de ultrassonografia abdominal tendo como achados coleção líquida na pelve à direita, com septos internos, medindo 6,9 x 5,5 x 2,5 cm e com volume estimado de 50ml, além de pequena quantidade de líquido anecóide (pouco denso) junto a base do ceco. Após avaliação, a equipe médica levantou a hipótese diagnóstica de um abdome agudo inflamatório ou hemorrágico. O paciente foi encaminhado para o hospital de referência para uma laparoscopia de urgência. Na exploração cirúrgica observou-se bloqueio inflamatório entre o lobo direito do fígado e colón, em exploração houve saída de pequena quantidade secreção biliosa e visualizado perfuração da parede anterior duodenal, realizado rafia (sutura) da lesão duodenal. Durante o ato cirúrgico não houve intercorrências, sendo assim, o paciente foi encaminhado para a enfermaria onde você é enfermeira (o) após recuperação anestésica com sonda nasogástrica aberta. Frente a este caso, leia atentamente a asserção abaixo identificando se ela é VERDADEIRA ou FALSA:

Na programação de alta desse paciente, a (o) enfermeira (o) deve elaborar um plano assistencial com as seguintes informações:

Orientar o paciente sobre a importância e a necessidade do esquema terapêutico prescrito pela equipe médica, ressaltando o horário ideal para o uso dos inibidores da bomba de prótons (IBPs).
Indicar para o paciente a sua esposa sobre o nome, dose, efeitos colaterais, frequência e horário de uso de todos os medicamentos.
Orientar o paciente que ele pode ingerir normalmente alimentos e bebidas com temperaturas extremas. Além disso, como o causador do problema dele foi o uso do anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) devido as crises de lombalgia, ele pode ingerir normalmente o café e outras bebidas cafeinadas, o uso de bebidas alcóolicas pode ficar restrito aos finais de semana.
Orientar o paciente e a sua esposa que se o paciente apresentar pele fria, confusão mental, aumento da frequência cardíaca, respiração difícil, sangue nas fezes (vermelho-vivo ou escuras, pastosas), para eles ficarem tranquilos, pois isso é esperado nesses casos. O paciente deve ficar em casa de repouso, de preferências com os membros inferiores elevados sob um travesseiro e fazer um jejum nas próximas 24 horas.

1 Resposta

  • liviassiqueira

    ( F ) A hidroterapia é um recurso contra indicado para essa paciente, pois otimiza quadros depressivos.

    ( F ) A clínica dispõe de modernos aparelhos de eletrotermofototerapia, que poderão ser usados, nesse caso, para promover analgesia.

    ( V ) Pode ser utilizado órteses, como a tala extensora punho e mão e órtese tornozelo pé (AFO), mais indicados devido aos locais de maior propensão de deformidades.

    ( V ) Um dos objetivos da fisioterapia, no caso de artrite reumatoide, é controlar o processo inflamatório e reduzir o edema.

    CORRIGIDO PELO AVA

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