A guerra é vista de longe

Matam pobre, quem mata some

Quem sente desce, lá se vai mais um homem

Mais uma mulher, nessa guerra de quem é preto morre

Ou se esconde, vive a vida segregado

O estado nos quer de olhos abaixados

Virados pro chão, sem amor a canção

Sem felicidade, o presidente ri

Apelida de mimimi, reclamar pelos direitos

Viver a vida sonhando em ganhar mais

Pra das sustento pro filho desde o berço

Amor enriquece, alimento fortalece

Mas no trem, no metro, no busão o preconceito fere

E fere, me fere, te fere, se você tem a cor da pele

O RG tem Armando, Amarildo ou Reinaldo,

Ignorância é pensar que ser preto é errado

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