“Desse lamentável embelezamento e idealização dos gregos, que o jovem de “formação clássica”

leva para a vida como prêmio por seu treino ginasial, disso nada cura tão radicalmente como Tucídides. É preciso revirá-lo linha por linha e ler seus pensamentos ocultos tanto quanto suas palavras: há poucos pensadores tão pródigos em pensamentos ocultos. Nele acha expressão consumada a cultura dos sofistas, quero dizer, cultura dos realistas: esse inestimável movimento em meio ao embuste moral e ideal das escolas socráticas, que então irrompia em toda parte. A filosofia grega é como a decadência do instinto grego; Tucídides como a grande suma, a revelação última da forte, austera, dura factualidade que havia no instinto dos velhos helenos. A coragem ante a realidade é o que o distingue”. (F. Nietzsche. Crepúsculo dos ídolos, ou, Como se filosofa com o martelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006)

(Ufsj) Nietzsche identificou os deuses gregos Apolo e Dionísio, respectivamente, como *

a) movimento e niilismo: polos de tensão na existência humana.

b)alteridade e : expressões dinâmicas de intervenção e subversão de toda moral humana.

c)razão e desordem: dimensões complementares da realidade.

d)religiosidade e noção de justiça.

e) complexidade e ingenuidade: extremos de um mesmo segmento moral, no qual se inserem as paixões humanas.

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